segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Garotos Podres



Capítulo Um : Fim de Férias

Quando o despertador tocou aquela manhã, parecia que eu tinha acabado de dormir. Levantei e caminhei até o banheiro, mais parecendo um zumbi que um garoto. Olhei-me no espelho. Que horror! Minha pele estava mais branca do que nunca e havia uma mancha roxa de noites mal dormidas em volta dos meus olhos castanhos. E com razão, eu tinha passado todo o tempo das férias preso em meu quarto, ouvindo minhas músicas e navegando na internet. Em nenhum dia fui dormir antes das quatro da manhã. Quase quebrei o espelho quando lembrei que estava prestes a voltar às aulas. Por que as férias acabam?
Foi com tristeza que abri a porta do quarto e caminhei até a cozinha. A Letícia estava lá. Comia uma maçã fazendo um ruído horrível:
_ Oi Maninho! Que cara horrível. Não esta feliz com o primeiro dia de aula? _ Provocou ela.
_ Mesmo se eu estivesse. Não estaria mais. Quem é que pode ter um dia feliz se logo de manhã da de cara com você?
_ Haha! Muito engraçado.
Letícia tinha 15 anos, ia para o segundo ano do ensino médio. Eu, Cássio, só tinha 14 e ainda ia para o primeiro. Não é que eu não gostasse dela, mais não nos dávamos bem. Ela sempre tinha algo a reclamar sobre mim, era chata até demais e entrava em meu quarto sem bater. Eu só escondia as coisas dela por causa disso. Ela sempre dizia que eu parecia um vampiro de tão pálido, com coisa que ela era toda bronzeada. Eu dizia que ela era um bolinho de chuva. Ela não chegava a ser gorda só era um pouco cheinha. Os cabelos pretos e lisos. Ponto pra ela, os meus eram castanho desbotado e nunca paravam no lugar.
_ Cadê a mãe? _ Perguntei.
_ Serve esta atrás de você?
Virei e vi uma mulher louca, Sara. Sempre apressada e procurando alguma coisa. Vestia sua habitual roupa social. Os cabelos louros e extremamente cacheados presos em rabo de cavalo. Ergueu um pires que havia na prateleira e virou seus olhos verdes penetrantes em direção minha e de Letícia.
_ Alguém viu minhas chaves? Eu jurava que estavam aqui.
_ Bom Dia mãe! _ eu disse retorcendo a boca.
Letícia parou de mastigar a nojenta maçã:
_ Não vi nada.
_ Droga! Por que elas somem todos os dias? Justo hoje que começam as aulas de vocês.
Santa paciência. Peguei uma torrada, passei geléia e fui pegar minhas coisas no quarto. Antes de virar no corredor gritei.
_ A senhora já olhou em sua bolsa?
Minha mãe pegou uma bolsinha preta que carregava no ombro, abriu e tirou de dentro um molho com 147 chaves. Depois disse sorrindo.
_ Encontrei!



Coloquei meu All Star mais velho e desbotado, minha camiseta preta do Nirvana e já estava pronto. Peguei minha mochila e fui direto para o carro. Minha mãe demorou quase meia hora para sair. Ela era jornalista e estava sempre apressada. Sabia coisas sobre política e até mesmo conflitos religiosos, mas ficava confusa se alguém perguntava se ela tinha almoçado. Quando finalmente apareceu foi a vez de Letícia aborrecer-me. Ela quase entrou no autóvel quando lembrou que não havia passado não sei o que no olho, acho que meus ouvidos entenderam a palavra himel. Voltou correndo para casa mais parou no meio do caminho e retornou ao carro.
_ Esqueci que coloquei o himel na bolsa.
Minha mãe arrancou com o carro:
_ Não vou deixar que cheguem atrasados no primeiro dia de aula.
_ Pra quê? Se nos outros iremos chegar sempre tarde?_ indaguei.
_ Não vão não_foi só o que minha mãe respondeu.
_ Ain! Não acredito_ exclamou Letícia em tom choroso, espalhando milhares de objetos de sua bolsa no banco traseiro do carro_ Não acredito que esqueci de colocar o himel na bolsa.


O carro parou bruscamente na frente do colégio. Eu desci de lá e gritei um tchau pra minha mãe, mas ela já havia sumido, assim como Letícia. Olhei para o prédio à minha frente. Vi diversos rostos sorridentes, alguns conhecidos, outros nunca vistos. O som de excitamento provocou-me enjoo. Suspirei e sai em direção ao prédio. “ Bem Vindo Cássio, a mais um ano neste colégio maldito” ..continua...

Jefferson Reis

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Horas Mortas


Ontem eu cheguei em casa bem tarde e fui direto para o PC. Meu MSN estava um lixo como sempre, então resolvi dar uma olhada em um site chamado Estronho e Esquésito. Nele qualquer pessoa pode publicar contos ou poemas, mas sempre relacionados com o tema do site, que é ficção, terror, suspense e fantasia. Depois de algum tempo acabei enjoando e fui ver TV. Nossa, que droga. Nada de interessante. Peguei um livro, Os Melhores Contos Fantásticos, mas logo o abandonei no sofá. Que porra, nada pra fazer nessas horas mortas.
Horas Mortas? Foi ai que me lembrei de uma coisa que ouvi um tempo atrás. Dizem que quando uma casa esta em horas mortas, os zumbis saem a vagar. Mas o que são essas horas mortas? É quando não há ninguém acordado, quando a casa é entregue ao desconhecido. BaaaH! Quanta bobagem, eu pensei. Se os zumbis vagam pelas casas nas horas mortas, como é que alguém pode ter certeza disso? Pois se assim for, a pessoa devia estar acordada pra ter visto o tal morto-vivo.
Fiquei pensando naquilo, assuntos assim sempre me fascinaram. Acabei chegando à uma conclusão: Quando alguém costuma passar todas as madrugadas acordado , ele vai tornado-se uma criatura da noite, alguém cujas horas mortas não fazem efeito. Alguém que pode ver seres humanos em estado de putrefação vagando pela sala, ou mexendo nas panelas da cozinha. Depois de ter pensado isso, fiquei com vergonha de mim mesmo.Vergonha de meus pensamentos. Que pessoa inteligente eu sou, pensei.
Já eram quase três da manhã quando resolvi tomar um banho frio. Estava embaixo do chuveiro sentindo a água correr por meu corpo quando ouvi o primeiro barulho. Pareciam passos. Desliguei o chuveiro e fiquei em silêncio. Nada. Voltei ao meu banho. A droga do barulho de novo. Será que minha mãe está passando mal? Sai do banheiro cheio de espuma e enrolado na toalha, pingando água por onde passava. Ela dormia tranqüila. Mas que bosta é essa? Terminei de me secar no quarto. O silêncio agora reinava. Mais que droga de silêncio de horas mortas! Como se obedecendo meus pensamentos um barulho de panela caindo veio da cozinha. Eu gelei. Quem esta ai?

A casa toda reinava em escuridão. Não é nada, deve ser apenas o gato preto, sem o olho! Caminhei até a cozinha, o lugar estava gelado e havia um líquido pegajoso no chão. Meu Deus! O que estava acontecendo? Eu caminhei devagar. Cadê o interruptor da lâmpada? Não conheço nem minha casa. Passei perto da geladeira e percebi alguém ali, atrás dela. Eu senti a presença, mas não senti a vida. Os pelos de meu corpo se eriçaram, meu pescoço se arrupiou. Eu não conseguia me mexer. Fiquei paralisado, com dificuldade pra respirar. O ser também ficou parado, como se temesse algo. Por fim criei coragem e continuei andando. Minhas pernas tremiam bastante. Fui tateando a parede até achar o maldito do interruptor, liguei a lâmpada e olhei para a geladeira.
Em pé. Com os olhos vermelhos de sangue seco, um homem morto me observava, estava espantado. Confesso que achei graça na hora. Ele estava morrendo de medo e era como se perguntasse “ Esse moleque está me vendo?”. Pelo jeito do corpo devia ter morrido velho. A pele era bem podre e as roupas muito sujas e rasgadas. Permanessemos um tempo assim. Até que tudo aquilo perdeu a graça. Sai da cozinha com aquela coisa me olhando. Entrei no quarto sorrindo e pensando “ Eu estava certo, que massa, sou uma criatura da noite, vou postar isso no Blog!”.

Será que hoje é ele quem vai vir em casa de novo? Talvez seja um outro morto. Qual será o morto que vai visitar o seu lar?
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domingo, 13 de setembro de 2009

eu tenho insônia.

Eram duas horas da manhã e eu ainda estava na internet.
Meu pai entrou em meu quarto de repente e falou levantando dois dedos:
_ São duas horas da manhã.
Eu olhei inocentemente pra cara dele e respondi:
_ Sério pai? Então está na hora de eu jantar!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Olhos Aguados

Como ela odiava aquela professora. Gorda, feia e chata. Sentia náuseas ao olhar o rosto daquela mulher, um pouco enrugado e com sardas. Desde que entrara naquele maldito colégio há quase quatro anos, vinha suportando as críticas e mau-dizeres daquela grotesca pessoa. Mas o ódio da professora por ela também era grande e a garota podia senti-lo todas as vezes que a mestra virava sua cabeça enorme e fitava-a com seus olhos azuis aguados. Era o que a garota mais odiava na professora, seus olhos, mas ela era forte e quando a mulher encarava-a ela assumia seu posto em frente à batalha e recusava-se desviar o olhar. De fato, nunca perdera, era sempre a professora que desistia.
O colégio era antigo e grande. Os corredores escuros e os cantos sombrios. A menina gostava disso, pois encontrava diversos esconderijos. Conhecia lugares que nem mesmo o diretor da escola sabia a existência. O jardim era imenso, mas a garota não ia lá, pois era cheio de pessoas felizes que sorriam sem parar. Depois dos olhos da professora, a coisa mais desprezada pela garota era o sorriso. Ela sentia vontade de arranhar a face daqueles que via sorrindo. “Eu odeio a felicidade” pensava ela.
Agora, debruçada em sua mesa, ela olhava fixamente o corpo gordo da professora, que escrevia no quadro-negro. “Eu odeio você”, pensou. Em sua mente surgiam imagens de seu primeiro dia de aula. Ela, uma menina de 11 anos, raquítica, esquelética e branquela, entrando em uma sala de estranhos. Estremeceu ao lembrar-se da primeira vez que viu a professora; ela estava sentada à sua mesa e nem ao menos perguntou-lhe o nome, apenas pediu para que sentasse, depois olhou pra ela com aqueles malditos olhos e comentou que a menina era branca demais. Depois deste comentário, a garota ficou conhecida como Leite Azedo.
Leite Azedo não tinha amigos. Passava as quatro horas de aula de cabeça baixa, no intervalo enfurnava-se na biblioteca, pegava um livro e sentava-se no cantinho mais escuro e úmido. Os livros eram seus amigos, o resto, apenas os inimigos. Sempre desconfiava de seus colegas, que puxavam suas longas tranças, então, gostava de permanecer invisível. Odiava que as pessoas olhassem-na. O que sentia não era apenas timidez, mas uma terrível fúria. Ela analisava todos. Sabia que sua colega da frente coçava o pescoço ao ficar nervosa. O garoto dentuço do extremo da sala estava triste. “Acho que é por causa do pai dele” observou Leite Azedo. Ela notara que todas as vezes que ia falar do pai, o menino abaixava um pouco a voz. “O que será que aconteceu com o pai dele?”
Naquele dia, a garota estava diferente e mais quieta do que nunca, tão parada que até parecia morta. A professora, notando aquilo, aproximou-se e perguntou:
_Morreu menina? Qual a causa de seu desânimo estúpido?
A garota apenas levantou a cabeça:
_ Não é nada.
_Como não é nada? Não é normal que uma garota, por mais chata que seja não faça nenhum amigo. Você é muito anti-social.
“Que mulher maldita” Leite Azedo pensou. Suspirou fundo, olhando aqueles olhos aguados e falou:
_ Eu sou assim.
_ Mas terá que mudar. Não suporto mais ter que ver sua cara branca de desânimo todos os dias.
Todos riram. Leite Azedo olhou em volta e viu dezenas de olhos a encarando.
_ Não olhem pra mim! _ gritou perdendo a paciência. Os alunos apenas aumentaram as risadas.
Seu rosto já não era mais tão branco, estava vermelho. Ela sentiu o coração disparar. Mas ainda não era o bastante para a professora.
_ Talvez se você conversasse mais, não receberia apelidos. Como é que te chamam mesmo? Leite Azedo não é?_ disse ela em um tom de desafio.
Leite Azedo levantou-se , olhou bem fundo nos olhos da professora e sussurrou:
_ Você vai morrer.
_ O que?
A menina agora tremia. Arregalou bem os olhos e repetiu.
_ Eu disse que você vai morrer, querida professora.
A mulher gorda ficou séria. A brincadeira tinha perdido a graça:
_ Você esta louca? Vai ficar sem recreio. Leite Azedo.
Na hora do intervalo todos saíram menos a garota e a professora. Leite Azedo continuou curvada sobre a mesa enquanto a mulher olhava-a. Depois de alguns minutos a menina levantou, pegou um lápis e um apontador , aproximou-se da lixeira e começou apontar o fino objeto. A professora continuava encarando-a com aqueles olhos aguados. “ Eu não gosto que olhem pra mim” Leite azedo pensou. Agora com um leve sorriso a professora encarava-a fixamente.
_ Não olhe pra mim! _ gritou Leite Azedo.
A professora abriu um longo sorriso:
_ Eu olho pra quem eu quiser, na hora que eu quiser.
_ Mas não para mim. E pare de sorrir_ O que aquela maligna mulher queria com ela? Por que não gostava dela? Leite Azedo analisou todas as suas memórias, sempre fora uma boa aluna, por mais que fosse quieta sempre fizera as tarefas. Nunca começara nenhuma confusão. _ Por que você não gosta de mim?
Os olhos da professora brilharam:
_ Por que você não merece que ninguém goste de você. E ninguém nunca vai gostar.
Depois dessas palavras, uma única lágrima escorreu dos olhos de Leite Azedo. Não era uma lágrima transparente, era vermelha, vermelha de sangue. Com a lágrima, também escorreu pelo rosto branquelo as magoas juntadas durante todos aqueles anos.
_ Você não gosta de mim_ a menina falou_ Por isso você me machuca, eu não gosto de seus olhos.
Com um pulo rápido, Leite Azedo aproximou-se da professora levantando o lápis de ponta perversa. Desferiu um golpe certeiro no olho direito da mulher. Sentiu o olho explodir e o sangue sujou suas mãos. A mulher urrou de dor e ajoelhou-se com as mãos no olho furado.
_ Este olho jamais verá que minha pele é branca. Mas falta o outro.
Com mais um golpe a garota furou a mão da professora, que cobria o rosto. A mulher levantou atordoada e chorando. Leite Azedo avançou novamente sobre ela, mas foi empurrada para trás. A gorda mulher ensopada de sangue saiu pela porta. Leite Azedo caminhou lentamente até sua mesa e pegou suas coisas. Não poderia mais voltar naquela escola. Mas não estava preocupada com aquilo. Só tinha um problema a resolver agora. Encontrar a casa da ex-professora. Ainda restava um olho a ser furado...

Jefferson Reis

domingo, 6 de setembro de 2009

Chana?






Alguns dias atrás, quando fui fazer não sei o que no Orkut, o verificador de palavras mandou-me uma palavra engraçada, chana (e eu nem estava vendo filme pornô!). A partir de então, fiquei de olho pra ver se o verificador tentaria estabelecer contato novamente. Contudo, ele mostrou ser mais louco do que eu (desconfio que seja neurótico).
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Para que servem estas idiotas verificações de palavras? Pode até servir para reduzir o números de spam e vírus, mas o objetivo principal é gerar raiva nos internautas.
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Ja encontraram alguma palavra engraçada no verificador?

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Coração ensanguentado


Chora coração ensanguentado
Derrama no chão lágrimas vermelhas
Tua carne rubra vai perdendo a vida
Tu já não brilha como a lua cheia.

Morre coração humano
Morra sozinho sofrendo calado
Você não tem a essência da fênix
Morrendo uma vez, será sepultado

Finda coração que amo
Deixe-me logo, pare de ser nobre
O mundo não é para ti
Tua lápide será meu peito pobre



Jefferson Reis

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Eu tenho muito medo!







A banda estadunidense Paramore, vai lançar no próximo 29 de setembro o terceiro CD de estúdio, brand new eyes ( realmente escrito em minúsculo, exigência de Hayley) .O álbum foi gravado entre janeiro e março deste ano em Hidden Hills, na Califórnia. O primeiro single será a música Ignorance , cujo videoclipe já foi liberado ( passando inclusive na MTV). O guitarrista Josh Farro disse que o CD tras muitas mudanças para a banda.

Sempre que uma banda que eu curto vai lançar um CD e diz que ele marca uma grande mudança, eu fico apreensivo. Tenho medo que entre essas trocas de estilo, a banda perca a essência que me atrai. Como Avril Lavigne. No início de sua carreira ela era “ meia” punk, usava roupas descoladas e as músicas eram divertidas e impactantes. Com o tempo ela perdeu essas características e transformou-se em uma patricinha rosada. Eu vejo seus vídeos antigos e sinto tristeza comparando a Avril de antes com a Avril de hoje. ( Patty)
Quando a Pitty lançou o Chiaroscuro, tive medo de ouvir as músicas e decepcionar-me. Ela sempre foi minha musa e esteve presente em minha adolescência. Particularmente, até gostei do novo álbum, mas sinto falta do estilo hardcore revolucionário de músicas como Teto de Vidro e Máscara. Me adora é realmente boa, mas não há nem como compará-la à Na sua estante. O mundo gira e as coisas mudam ( mesmo meus dias parecendo todos iguais) e com elas nós também mudamos.



Outro ciclo em diferentes fases.
Vivendo de outra forma.
Com outros interesses, outras ambições.
Mais fortes, somadas com as anteriores.
Mudança de prioridades.
Mudança de direção.
Alguns ainda caem por terra.
Pra outros poderem crescer.
Caem 1, 2, 3, caem 4.
A terra girando não, se pode parar.
(Trecho de Anacrônico - Pitty )
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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Solidão


Em minha mente vejo corpos decompostos,

vermes misturam-se a sangue,

guerra mistura-se à miséria.

Não sei por quem,

mas sinto-me ameaçado.

Grossas gotas da noite caem sobre mim.

Procuro abrigo, mas não encontro.

Aos poucos a noite inunda minha vida.

Afogo-me em solidão.


Jefferson Reis