quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sr. Errado.

Era uma vez um garoto qualquer. Inventou de seguir quase errante na vida, gostou. Os comentários alheios não mais importavam e ele passou admirar sua própria loucura. Andava como queria, vestia-se como queria e falava com quem queria. Curtia ir pra balada mais teen da cidade e dançar ocupando grande espaço. Fazia amizade com as prostitutas e amor com letras de músicas. Tirava fotos fazendo bicos e caretas, e qual o problema? Gostava do que os outros odiavam e odiava o que os outos amavam. Era o Sr. Errado. E ele gostava de ser assim, gostava de se sentir livre e descolado, gostava de animais e de internet, gostava dos amigos e velhos, ele gostava de meninos e meninas.

Achava que nunca se apegaria a ninguém, mas um dia encontrou alguém que aqueceu seu coração e ele passou a gostar de andar de bicicleta à noite, de sentar no meio fio. Mas ele se atrapalhava com palavras e atitudes e acabou voando sozinho. Perdeu-se, não se achou. E não mais conseguia encontrar seu caminho. E quando finalmente encontrou e voltou, percebeu que já era tarde demais pra ele. Chorou. Bebeu da taça do orgulho e engoliu em seco o arrependimento. Sr. Errado Sr. Errado, por que é sempre tão errado assim?