Ele chegou arfante ao terraço. Andou lentamente até a velha mureta de proteção e olhou a cidade.
Que bela visão! À vários metros abaixo pequenos focos de luzes se agitavam feito vagalumes. Ele nunca tinha notado a beleza dos faróis dos carros.
Lembrou-se de quando era um garotinho e ficava olhando o céu naquele mesmo terraço. Depois de muitos anos sentiu vontade de olhar as estrelas. Elas ainda estavam lá e sorriam pra ele. Ele chorou.
Encostou as mãos na mureta e sentiu a frieza da cerâmica. Que mãos grandes! Ele tinha deixado o tempo passar. Uma brisa fresca fustigou-lhe o rosto e ele sentiu-se incomodado por aquele terno apertado. Retirou o paletó e afrouxou a camisa.
“Que perfeição é a terra, a natureza!” pensou. “Como é belo o céu”. Quando criança sonhava em ser um anjo de grandes asas para aventurar-se entre as nuvens. Sonhava em ser um astronauta, ou até mesmo um piloto de avião. Mas agora, ele, pessoa grande, trabalhava em um escritório, perdido entre papéis e números. Vida inútil onde tudo dava errado!
Homem inútil. Sem amigos. Sem amor. Sem história. Sem vida.
Basta! Então o homem-menino- anjo respirou profundamente e olhou as estrelas mais uma vez. Subiu na mureta e abriu suas asas. Saltou cortando o espaço e voou... Por alguns segundos...
Um comentário:
Cara, eu tenho que parar de ler tão rápido. Meu cerébro não processa as coisas u-u
Rly, só fui descobrir o que ele queria fazer na última frase, depois voltei e li tudo de novo e-e
Bom blog, tô seguindo ^-^
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Valeu ^0^
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